Página gerada em: 27/11/2024 01:25:58
DEPENDÊNCIA SE ALASTRA ENTRE OS JOVENS
De acordo com definições de especialistas, dependência química é a necessidade de usar drogas para atingir uma sensação de satisfação ou evitar mal-estar, podendo ser física ou psicológica, considerada como doença.
Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que o problema atinge 15% das pessoas. Um levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), nas 107 maiores cidades do País, revelou que 41,3% dos habitantes têm algum tipo de relação com entorpecentes. Somente o álcool representa 11,2% desse universo. Na região Sul, estima-se que 9,5% da população tenha dependência química.
Para Dagoberto Hungria Requião, coordenador do Instituto de Prevenção e Atenção às Drogas (Ipad), ligado à Pontifícia Universidade Católica do Paraná, um dado alarmante se refere à quantidade de jovens dependentes. Dos mais de cinco milhões de alcoólatras no Brasil, 387 mil têm entre 12 e 17 anos. "Antigamente, os meninos começavam a beber por volta dos 17 anos, incentivados pelo pensamento de que, a partir daquele momento, eram homens. Hoje em dia, com 17 anos, o jovem já é um doente. Eles estão bebendo cada vez mais cedo", afirma Requião.
Ele acredita que o motivo para isso é o exemplo dentro de casa, também para o caso das drogas. "Se o pai chega em casa nervoso e relaxa com a bebida e se a mãe está alterada e toma tranqüilizantes, a criança vai achar que, para se sentir feliz ou alegre, é preciso consumir bebidas e remédios. Sem falar naqueles casos que os próprios pais são dependentes", comenta o coordenador.
Outro motivo apontado por Requião é o costume de fazer a criança experimentar bebida. "Os pais acabam se desautorizando e não conseguem mais colocar limites nos filhos", avalia. "Normalmente, os pais negam ou passam o problema para outros, como as ditas más companhias", explica.
FONTE: http://www.planalto.gov.br/gsi/sistema/exec/vnoticia2.cfm?cod=1724