TRT-PR cria robô capaz de economizar milhares de horas de trabalho humano
Para a perspectiva de um futuro em que menos servidores públicos terão de dar conta de mais trabalho, o TRT-PR guarda pelo menos um trunfo: robôs. Para se ter uma ideia do tamanho do desafio, hoje, o Tribunal tem 204 vagas abertas de servidores públicos e apenas 5 liberadas para nomeação pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT).
A força de trabalho diminuiu e a tendência é de que diminua ainda mais, dentro das regras da Emenda Constitucional n. 95/2006, que limita os gastos da União com despesas primárias. "Investir na automação de tarefas é uma forma de recuperar a força de trabalho perdida", diz o juiz Bráulio Gabriel Gusmão, coordenador de projetos que desenvolvem robôs e outras tecnologias para o TRT-PR.
Na última semana de janeiro, o Tribunal apresentou o Robô Judiciário 1, ou RJ-1. Trata-se de um algoritmo complexo capaz de executar uma série de tarefas necessárias, mas repetitivas, para permitir a realização de audiências por videoconferência.
O robô agenda uma videoconferência no Zoom; emite uma certidão a ser publicada no processo judicial; envia um e-mail com a informação para os advogados; e publica a intimação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho (DEJT).
Para operar o robô, são necessários poucos segundos e alguns cliques para dar conta dessas tarefas que antes levariam horas.
O RJ-1 entrou no ar na segunda-feira (25), em meio a testes e treinamentos. Em cinco dias, até as 17h desta sexta-feira (29), ele havia agendado 3.035 audiências para videoconferência, feito 3.025 publicações no DEJT, enviado 9.074 e-mails e economizado 506 horas de trabalho humano.
Necessário
Além de ajudar na migração de audiências marcadas no Webex para o Zoom, o RJ-1 será um aliado dos servidores das varas do trabalho para o agendamento das audiências no Zoom, que passa a ser a plataforma de videoconferências do Tribunal nesta segunda-feira (1º).
Embora não tenha cabeça, tronco e membros, e não habite um mundo distante, o RJ-1 mostra que os robôs que existem de fato podem ser tão revolucionários quanto aqueles imaginados pelo escritor e mestre da ficção científica Isaac Asimov (1920-1992).
Texto: Irinêo Netto
Assessoria de Comunicação do TRT-PR
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