O trabalho feminino no mundo, no Brasil e no TRT-PR
No próximo dia 8 celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Para este mês, o TRT-PR preparou matérias especiais que vão além da comemoração. O intuito é trazer informações, fomentar o conhecimento e também estimular as possíveis reflexões que permeiam essa data marcada por lutas pela igualdade de direitos políticos, civis e econômicos.
Durante o mês março, serão publicadas informações sobre igualdade de gênero, decisões envolvendo o trabalho da mulher e posts especiais no Blog Nona Todo Dia, com a indicação de filmes e livros que abordam assuntos ligados à temática feminina. O primeiro post já está no ar e pode ser conferido nesse link.
A luta pela igualdade de gênero
Diversos acontecimentos e movimentos ocorreram desde o final do século XIX, em diferentes países, confluindo para que se definisse o 8 de Março como um dia em que se pleiteia a igualdade de direitos para todas as mulheres. Em 2015, mais de um século depois, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável globais “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.
Mulheres e trabalho
A Organização Internacional do Trabalho aponta que ainda existe um longo caminho para se alcançar a igualdade de gênero no mercado de trabalho. Enquanto 39% dos trabalhadores assalariados do mundo são mulheres, elas representam apenas 27% dos trabalhadores administrativos. Dentre as mulheres, apenas 43% estão no mercado de trabalho em geral, enquanto que o indicador de homens é de 78%. Quanto ao salário, relatório do Fórum Econômico Mundial de dezembro de 2019 apontou que elas ganham em média 40% menos em atividades semelhantes.
Mulheres e cargos de gerência
Em todo o mundo, a participação de mulheres em cargos de administração é menor e a OIT afirma que o progresso nesse aspecto foi quase inexistente nos últimos 20 anos. Os homens representam 73% de todos os gerentes. Em 2018, a América Latina e Caribe foi a região com o índice mais alto de mulheres em cargos de gerência, com 39%, já a América do Norte e Europa constaram com 37%, enquanto que a Ásia Ocidental e o Norte da África tinham os valores mais baixos, com apenas 12%.
Brasil
Segundo dados do IBGE e da OIT, as mulheres representam 43% do mercado de trabalho brasileiro e ocupam 39% dos cargos de gerência. Embora esses índices tenham aumentado nos últimos anos, as disparidades relacionadas ao gênero permanecem, sendo a maior delas o salário, uma vez que as mulheres ainda ganham cerca de 30% a menos que os homens no Brasil.
TRT-PR
A equidade entre cargos ocupados por mulheres e homens no TRT-PR permanece neste ano (clique aqui para ver dados do ano anterior). Segundo dados fornecidos pela Seção de Atualização e Estatística da Divisão de Dados Funcionais, 52% dos servidores são mulheres e na magistratura 44% dos cargos são ocupados por elas.
De acordo com os dados do Regional, o equilíbrio está mais próximo também nos cargos de liderança. Atualmente, 49% dos cargos comissionados são ocupados por mulheres.
Quanto à Administração do TRT-PR, desde que a primeira mulher teve lugar entre seus membros (juíza Carmen Amin Ganem, vice-presidente de 1981 a 1982), oito mulheres estiveram entre as posições de comando do Regional.
Na Diretoria-Geral, dos 12 servidores que ascenderam ao cargo desde 1976, ano de fundação do Tribunal, apenas duas foram mulheres, incluindo a atual Diretora-Geral, Maria Rosicler Cretella. Hoje, dos quatro maiores cargos comissionados ocupados por servidores, três são ocupados por mulheres.
As disparidades ainda são encontradas em todo o mundo e em diversos setores da sociedade. Não é à toa que, mais de um século depois das primeiras reivindicações femininas, a igualdade de gênero ainda é um dos esforços das nações para se alcançar um mundo pacífico e sustentável.
Como signatário do Termo de Adesão ao Pacto Global da ONU desde março de 2018, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná reafirma, no Dia Internacional da Mulher, o seu compromisso permanente com a obtenção da equidade de gênero na Instituição.
Assessoria de Comunicação
Texto: Ana Karina Prado
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