Servidores do Arquivo garantem atendimento eficiente unindo sensibilidade e organização
Nair M. L. Ramos e Cássio Colombo Filho entre
servidores do Arquivo de Curitiba
"São os servidores que dão vida a este Arquivo, que trabalham para extrair deste material conteúdo histórico, conteúdo jurídico, e isso é muito importante". A declaração é da desembargadora Marlene T. Fuverki Suguimatsu, presidente do TRT do Paraná, que visitou as dependências da Divisão de Gestão Documental, Arquivo e Memória, em Curitiba, na última sexta-feira (02).
Jorge Pires Neves, servidor mais antigo da unidade, disse que as palavras da desembargadora refletem o ponto de vista de todos os colegas que prestam serviços no local. "Nosso trabalho não é apenas arquivar, mas cuidar, preservar; é apresentar estes documentos ao cidadão que vem até aqui e possibilitar um pedido de aposentadoria, por exemplo. São situações em que algumas cópias podem mudar a vida da pessoa", explicou Jorge, que trabalha no setor há quase 30 anos.
De acordo com o servidor, os motivos que trazem as pessoas até o balcão de atendimento do Arquivo são inúmeros, mas os mais comuns são os que envolvem comprovações para fins de aposentadoria, como períodos de vínculo empregatício ou de trabalho insalubre, e declaração de Imposto de Renda.
Os registros buscados estão, muitas vezes, entre as páginas dos 650 mil autos de processo atualmente preservados no local. A tarefa é árdua para a equipe de 11 servidores, que precisa manter em funcionamento um grande sistema de organização. Em uma construção com mais de 3 mil metros quadrados, estão dispostas centenas de estantes, que expõem os milhares de documentos arquivados em Curitiba, todos recebidos de Varas do Trabalho da capital, da região metropolitana e de Paranaguá.
há quase três décadas
"O trabalho aqui exige muito cuidado, muita dedicação, então só aceitamos servidores que tenham este perfil. A grande maioria tem formação na área e especialização em Arquivologia, é uma equipe bem qualificada", afirmou a coordenadora da Divisão de Gestão Documental, Arquivo e Memória, servidora Neide Spindola.
João Luiz Braz da Luz, servidor que trabalha no Arquivo desde 1992, quase sempre no atendimento ao público, conta que, além de dedicação e conhecimento técnico, é preciso sensibilidade para conseguir ajudar quem vai até o local.
"É importante entender o processo, mas também é necessário compreender a pessoa que está do outro lado do balcão", enfatizou, observando que nem sempre cumprir o protocolo garante um atendimento eficiente.
A coordenadora do Arquivo garante que, na unidade, todos os colegas compartilham da preocupação de João Luiz. "Vou contar uma história que aconteceu aqui e comoveu todos os servidores. Era uma senhora que precisava de cópias dos autos para levar ao INSS. Se ela fosse pagar pelo serviço, que era terceirizado, faltaria dinheiro para a passagem de ônibus e ela não teria como voltar para casa. Assim que souberam da situação, os colegas contribuíram com doações e, juntos, pagaram pelas cópias da senhora", relatou Neide, ressaltando que faz parte do trabalho de todos prestar um atendimento humano.
Metodologia
A desembargadora presidente do Tribunal, que fez a visita acompanhada da desembargadora Nair Maria Lunardelli Ramos, vice-presidente do TRT-PR, e do desembargador Cássio Colombo Filho, presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, destacou na oportunidade a relevância do trabalho meticuloso desenvolvido pelos servidores da unidade.
Para a magistrada, respeitar a metodologia em todo o processo, incluindo a triagem, o cadastramento, a classificação e a guarda dos documentos, é o que vai assegurar a preservação da história da Justiça do Trabalho do Paraná.
Clique AQUI para ler mais sobre o funcionamento da Divisão de Gestão Documental (matéria publicada em julho de 2014).
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Assessoria de Comunicação do TRT-PR
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