Com participação de estudantes de Direito, Projeto Horizontes teve conciliação em 68% das audiências
No Projeto Horizontes, foram realizados 32 acordos de um total de 47 audiências de conciliação efetivamente realizadas (quando ambas as partes comparecem). Isto representa um percentual de 68%, índice considerado alto para a média das unidades do TRT-PR. Durante os cinco dias da Semana da Execução, o valor negociado nas conciliações foi de cerca de R$ 190 mil.
Para o coordenador do Projeto Horizontes, juiz Felipe Calvet, iniciativas como a Semana da Execução são eficazes quando se tem como objetivo solucionar os processos através de acordos. Para ele, muitas vezes as partes sequer dialogam para solucionar as demandas e a Justiça do Trabalho age como mediadora, fornecendo parâmetros mínimos para que a negociação aconteça.
"Nós sempre conseguimos índices de conciliação melhores quando o Poder Judiciário age, porque muitas vezes há o temor do exequente de se pedir muito e do executado de se pagar além do que se deve", observa.
Após sair da audiência onde realizou acordo com seu ex-funcionário, o autônomo Marco Aurélio do Nascimento afirmou que o sentimento era de satisfação por poder pagar o que era devido. "Não tem coisa melhor que dormir com consciência tranquila, é que quem deve, não esquece", resumiu.
Ao seu turno, o trabalhador Magei Alexandre dos Santos afirmou que, após 12 anos de processo, não esperava receber o que lhe era devido. "É uma novidade que está vindo em boa hora, até por conta da situação de crise que vivemos no país", comentou.
Durante a Semana da Execução, o diferencial do Projeto Horizontes foi a participação de acadêmicos de Direito de diversas faculdades de Curitiba e Região Metropolitana, que atuaram como mediadores nas tentativas conciliatórias.
Idealizado pelo desembargador Marcio Dionisio Gapski, hoje aposentado, o Projeto Horizontes começou em 2010, com o objetivo de solucionar processos que estão arquivados provisoriamente porque a execução não se concretizou ainda. Nestas reclamações trabalhistas, uma nova análise dos autos é feita e, posteriormente, agendada audiência para conciliação.
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