Encontro nacional de TRTs discute oportunidades iguais e superação de preconceitos
Notícia publicada em
21/09/2015
Procurador Sergio Caribé, presidente Altino Pedrozo dos Santos e desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca |
Acessibilidade: TRTs discutem a superação de preconceitos e de barreiras físicas
Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência (21/09), o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná foi sede do 1º Encontro Nacional de Comissões de Acessibilidade da Justiça do Trabalho. Organizado pela Comissão de Acessibilidade do TRT-PR, presidida pelo desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, o evento possibilitou o compartilhamento de ações e experiências do Poder Público em prol da integração da pessoa com deficiência. |
A superação de barreiras físicas e de preconceitos permanece sendo a principal dificuldade quando o assunto é acessibilidade. Logo na abertura do evento, o presidente do TRT-PR Altino Pedrozo dos Santos lamentou que, no Século XXI, a acessibilidade ainda seja uma questão a se resolver. "O Poder Público deve ter um olhar de lince para estas situações peculiares, e o que devemos fazer é somar forças", afirmou.
A fiscalização das ações do Poder Público em matéria de acessibilidade foi o tema da palestra do procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Sergio Caribé. O procurador é responsável por auxiliar na fiscalização da utilização dos recursos públicos, e destacou que, embora a legislação brasileira seja avançada sobre o tema, ainda há muita disparidade entre os órgãos públicos para por a lei em prática. "O TCU sugeriu ao Governo Federal a criação de uma rubrica de investimento em acessibilidade, porque atualmente não há como saber de quanto é o investimento neste País", enfatizou. Sergio Caribé afirmou ainda que a maior economia de recursos acontece durante o planejamento das obras públicas, quando o investimento na acessibilidade pode até mesmo baratear o custo total: "A acessibilidade não é exclusiva para pessoas com deficiência, mas para todos, como alguém que tem a mobilidade restringida por carregar um carrinho de bebê". Para os palestrantes convidados, entrar e se manter no mercado de trabalho são hoje as maiores dificuldades para a pessoa com deficiência, tanto no setor público como no privado. Segundo a procuradora regional do Trabalho Mariane Josviak, a dificuldade é ainda maior em relação às pessoas qualificadas. |
|
A diretora da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), Yvy Karla Abbade, afirmou que o que viabiliza a contratação da pessoa com deficiência ainda é a Lei de Acessibilidade. A Unilehu é uma instituição da sociedade civil de interesse público (Oscip) que trabalha com a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. "Acreditamos que é a educação que vai solucionar a questão da inclusão", declarou. Estiveram presentes no auditório do Fórum Trabalhista de Curitiba autoridades do Ministério Público e representantes de instituições que atuam na defesa de direitos da pessoa com deficiência, além de servidores e juízes trabalhistas que integram as comissões de acessibilidade dos TRTs. |
Evento teve tradução simultânea em Libras e audiodescrição das imagens apresentadas em cada palestra ao longo do dia |
Notícia publicada em 21/09/2015 Assessoria de Comunicação do TRT-PR (41) 3310-7313 ascom@trt9.jus.br |