Jornal Estado do Paraná na TV (1961 a 1970)
Os trabalhadores de ontem e de hoje dos meios de comunicação são os homenageados pela nova exposição do Centro de Memória do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR). A exposição, aberta nesta quinta-feira (03/04) pela vice-presidente do Tribunal, Ana Carolina Zaina, mostra a trajetória da imprensa paranaense, com foco nos profissionais que atuaram (e atuam) diariamente exercendo a liberdade de expressão diante de microfones ou atrás de câmeras, computadores e máquinas rotativas.
A mostra “Os trabalhadores dos meios de comunicação e a Justiça do Trabalho” ficará aberta até setembro; são dezenas de fotografias, jornais, equipamentos de rádio e TV utilizados pelos trabalhadores da comunicação paranaense desde os anos 30. Também estão em exposição, e acessível para pesquisa, autos originais de processos envolvendo trabalhadores e as empresas de comunicação ao longo dos anos.
Ao abrir o evento, a desembargadora Ana Carolina Zaina lembrou do apoio da imprensa na divulgação dos atos e decisões do TRT do Paraná, em especial os de maior repercussão, como os que envolveram as recentes greves do transporte público e da coleta de lixo. A magistrada destacou que o jornalista “é um intérprete notável para os cidadãos não familiarizados com os termos jurídicos”. No seu entender, os processos judiciais necessitam de tradução e “esta é dada para o grande público pelos veículos de comunicação, com notável capacidade de síntese, clareza e concisão”.
O palestrante convidado foi o jornalista e servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Marden Machado. Ele destacou o avanço na estruturação das assessorias de comunicação dos órgãos do Poder Judiciário. Na sua análise, a necessidade de maior transparência dos órgãos públicos foi uma exigência natural de um Brasil mais democrático que surgiu a partir da promulgação da Constituição Federal, em 1988. Marden relatou sua experiência de mais de 20 anos na comunicação do TRE-PR. Afirmou que os jornalistas que trabalham na Justiça assumem grande responsabilidade, pois estão divulgando um tipo especial de notícia, que deve ser extremamente correta. “Uma informação errada causaria um dano, não apenas aos cidadãos, mas para a imagem do Poder Judiciário”.
O ex-presidente do TRT-PR, desembargador aposentado Ney José de Freitas, que é presidente da Comissão do Acervo Histórico do Tribunal, destacou o papel da liberdade de imprensa no processo histórico de fortalecimento da cidadania e do próprio Judiciário. Entre os jornalistas que participaram do lançamento da exposição, estiveram Luiz Renato Ribas, Cristina Graeml, Luiz Witiuk e Osiris Nadal.
Memória - A exposição é composta de objetos que contam a história do jornalismo paranaense. O espectador poderá conhecer a “caixa de sapato” – um equipamento usado durante muitos anos pelas emissoras de televisão para transmitir o som, conectando-se a uma linha telefônica. Também está em exposição a primeira câmera de vídeo da TV Paranaense, adquirida depois que nevou em Curitiba, em 1975, e que funcionava com a tecnologia eletrônica das fitas U-Matic.
Os materiais expostos pertencem aos acervos da RPCTV (GRPCOM), Museu da Imagem e do Som (SEEC), Cinemateca de Curitiba (FCC) e família Bermudes.
O Centro de Memória do TRT-PR é o responsável pela guarda do acervo histórico da Justiça do Trabalho paranaense; no local, acadêmicos, pesquisadores e outros visitantes podem pesquisar autos de processos de valor histórico, documentos e fotografias que ilustram momentos marcantes da trajetória do Tribunal.
Serviço:
- Exposição “Os trabalhadores dos meios de comunicação e a Justiça do trabalho”.
-Horários de visitação: segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.
-Mais informações: memorial@trt9.jus.br , (41) 3310-7741 e (41) 3310-7715 ou na Assessoria de Comunicação do TRT-PR, (41) 3310-7309.
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