As iterações no PDS-TRT9 mantêm a equipe focada na entrega incremental de valor ao usuário em poucas semanas,
fornecendo uma construção demonstrável e despachável totalmente testada (incremento de produto). Isto cria um foco
saudável na garantia de que o que é construído é de valor para os analistas de negócios. A tomada de decisão deve
acontecer mais depressa, pois não há tempo para discussões intermináveis. O desenvolvimento iterativo foca-se na
produção de código funcional reduzindo o risco de paralisia-analítica. Demonstrações freqüentes de código funcional
fornecem mecanismos de feedback que permitem correções de curso a serem tomadas, conforme necessário.
O planejamento, a estimativa e o acompanhamento do progresso da iteração estão centralizados nos itens de trabalho. O
plano de iteração é criado pela seleção dos itens de trabalho de alta prioridade. As técnicas de estimativa ágil são
utilizadas para compreender quantos itens de trabalho podem seguramente caber na duração da iteração, e os itens de
trabalho são filtrados para garantir que os itens escolhidos permitirão à equipe entregar os objetivos da iteração
acordados com os analistas de negócios. O progresso é demonstrado através da conclusão contínua de vários itens de
trabalho pequenos.
Assim como um projeto percorre um ciclo de vida, as iterações percorrem um ciclo de vida com um foco diferente para a
equipe, dependendo se você está na primeira ou na última semana da iteração, veja a figura abaixo. Uma iteração começa
com uma reunião de planejamento da iteração de uma à duas horas de duração. Os primeiros dias são
normalmente mais centrados no planejamento e na arquitetura para, entre outras coisas, compreender as dependências e a
ordenação lógica dos itens de trabalho, e os impactos arquiteturais do trabalho a ser feito. A maior parte do tempo de
duração de uma iteração é gasto na execução dos micro-incrementos. Cada micro-incremento deve entregar código testado
para uma construção, bem como artefatos validados. Construções estáveis são produzidas ao final de cada iteração. Mais
atenção é dada para essas configurações para certificar que a qualidade não está diminuindo e que os problemas estão
sendo tratados com antecedência de forma que o sucesso da iteração não seja comprometida. A última semana ou os últimos
dias da iteração normalmente têm uma forte ênfase no polimento e na correção de erros do que as semanas anteriores,
mesmo que novas características sejam adicionadas apropriadamente. A meta é nunca deixar a qualidade diminuir,
assegurando assim que um incremento do produto, útil e de alta qualidade, seja produzido ao final da iteração. A
iteração termina com uma avaliação (com os analistas de negócios) do que foi construído, e uma retrospectiva para
descobrir uma forma de melhorar o processo para a próxima iteração.
Uma iteração acontece durante um ciclo de vida com ênfase mais forte no planejamento e na construção de uma
arquitetura precoce, e na correção e estabilização de erros até o fim.
Os membros da equipe trabalham de forma mais eficaz se eles puderem influenciar no que fazem e como fazem, ao invés de
atuarem num ambiente onde é determinado o que deve ser feito. Dar à equipe a capacidade e a responsabilidade de
organizar seu trabalho e de determinar a melhor forma de cumprir seus compromissos motiva seus membros para fazer o
melhor possível. Isso também os ajuda a colaborar para garantir que as habilidades corretas sejam aplicadas às tarefas
adequadas. A auto-organização afeta muitas áreas, incluindo como o planejamento e o comprometimento acontecem (por uma
equipe, e não por indivíduos), como o trabalho é atribuído (você se prontifica, não sendo determinado), e como os
membros da equipe enxergam o seu papel no projeto (membro da equipe em primeiro, função de trabalho em segundo).
A auto-organização necessita de algumas coisas para funcionar:
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A transparência e comprometimento são cruciais para auxiliar na comunicação da equipe e para conseguir o melhor de
seus membros. Uma comunicação aberta sobre os compromissos da equipe relacionados ao ciclo de vida da iteração, e
compromissos pessoais assumidos em relação aos micro-incrementos garante que os problemas de execução sejam
examinados e que a pessoa certa seja focada para a sua solução.
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É necessário instruir a equipe para ajudá-la a se organizar e eliminar as barreiras que impedem o sucesso. O
pressuposto é que o gerente do projeto seja o instrutor. Isto exige que o gerente do projeto evite o estilo de
gestão do tipo comando-e-controle e assuma o estilo instrutor. Esta tem sido uma recomendação essencial dos livros
de gestão nas últimas duas décadas, mas alguns gerentes de projeto podem ainda não ser capazes de fazer essa
transição.
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